Artroscopia do Ombro

Essa técnica pode ser utilizada para o diagnóstico e tratamento de diversas condições, incluindo lesões do manguito rotador, instabilidade do ombro, lesões labrais, síndrome do impacto subacromial, tendinites, bursites, capsulite adesiva (também conhecida como ombro congelado), artrose acromioclavicular e lesões do tendão do bíceps. A artroscopia permite intervenções como remoção de tecidos inflamados, reparo de tendões ou ligamentos rompidos, retirada de esporões ósseos e de fragmentos de cartilagem, além de outras correções necessárias para restaurar a função do ombro e aliviar a dor.

A articulação do ombro é uma das mais complexas e móveis do corpo humano, sendo composta por ossos, músculos, tendões, ligamentos e bursas que trabalham em conjunto para permitir grande amplitude de movimento. Por essa razão, ela também está entre as articulações mais vulneráveis a lesões, sejam elas traumáticas ou degenerativas. Quando há dor persistente, perda de mobilidade ou falha no tratamento clínico, pode haver a indicação de um procedimento cirúrgico chamado artroscopia do ombro.

A artroscopia é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva que permite visualizar e tratar diretamente lesões intra-articulares. Por meio de pequenas incisões de cerca de dois centímetros, são introduzidos instrumentos cirúrgicos e um artroscópio - aparelho formado por uma haste fina, com câmera e luz acopladas -, que transmite imagens em tempo real para um monitor. O procedimento é realizado com o paciente sob anestesia, e toda a articulação é preenchida com soro fisiológico, o que facilita a visualização das estruturas internas, como tendões, cartilagem, ligamentos e cápsula articular.

Por Dr. Ricardo Bortolotti

CRM-SC 12309 | TEOT-9575

Ortopedia e Traumatologia

Cirurgia do Joelho | Terapia por Ondas de Choque

Em geral, o procedimento é indicado quando o paciente apresenta sintomas persistentes que não respondem do tratamento conservador com medicações, repouso e fisioterapia. Por ser menos invasiva do que a cirurgia tradicional, a artroscopia costuma proporcionar menor dor no pós-operatório, recuperação mais rápida e menores taxas de complicação. O tempo médio de cirurgia varia entre 45 minutos e uma hora, com alta hospitalar no mesmo dia ou no dia seguinte.

Antes do procedimento, é necessário seguir orientações médicas que incluem a realização de exames laboratoriais e de imagem, suspensão de medicamentos que aumentam o risco de sangramento, e interrupção do tabagismo, quando aplicável. O consumo de alimentos pesados e bebidas alcoólicas deve ser evitado na véspera da cirurgia. Em alguns casos, pode haver contraindicação à artroscopia, como presença de infecções na pele ou distúrbios graves de coagulação.

esses riscos e garantir maior segurança ao paciente.

  A maioria dos pacientes apresenta melhora significativa após o tratamento, podendo retomar atividades leves em poucas semanas. A liberação para atividades mais intensas depende do tipo de lesão tratada e da evolução clínica individual. Em alguns casos, o retorno ao trabalho é possível na mesma semana da cirurgia, desde que respeitadas as orientações quanto à imobilização e limitação de movimentos.

 A artroscopia do ombro é uma ferramenta importante na ortopedia moderna, permitindo tratamento eficaz de lesões articulares com menor agressividade ao organismo. Quando bem indicada e corretamente executada, ela oferece bons resultados funcionais, alívio da dor e melhora na qualidade de vida dos pacientes.

 O pós-operatório requer cuidados específicos, incluindo o uso de tipoia para imobilização do braço, administração de analgésicos e anti-inflamatórios conforme prescrição médica, e aplicação de gelo para controle da dor e do inchaço. O paciente deve evitar apoiar-se sobre o ombro operado ou realizar movimentos bruscos. A fisioterapia costuma ser iniciada entre duas a três semanas após a cirurgia, com o objetivo de recuperar gradualmente a amplitude de movimento e fortalecer a musculatura

  Embora seja um procedimento seguro, a artroscopia do ombro, como qualquer intervenção cirúrgica, apresenta riscos. Entre eles estão infecção, sangramentos, rigidez articular e, em casos mais raros, lesões em vasos sanguíneos ou nervos.

 A realização do procedimento por um ortopedista experiente e especializado na articulação do ombro contribui para minimizar

PÓS-OPERATÓRIO