Entenda a importância de se preparar para uma Endoscopia Digestiva Alta
A endoscopia digestiva alta é um procedimento vital para o diagnóstico e tratamento de diversas condições do aparelho digestivo. Para assegurar um exame qualidade e segurança, o endoscopista Dr. Bruno Schmidt propõe as seguintes recomendações:
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“A primeira coisa a se considerar é a escolha de um dia apropriado para submeter-se ao exame. Separe um dia em que o você possa ficar em repouso, não precisar dirigir, tendo alguém responsável por acompanhá-lo, receber orientações e levá-lo para casa”, recomenda o Dr. Schmidt.
A preparação para o exame também inclui a organização de documentos essenciais. “Na véspera ou alguns dias antes da endoscopia, o paciente deve reunir alguns documentos importantes, como resultados de exames anteriores, especialmente a última endoscopia realizada, e exames de sangue. Também é crucial trazer o receituário com as medicações em uso e informar sobre qualquer alergia a medicamentos ou alimentos, como ovos”, explica o especialista.
Outro ponto importante destacado pelo Dr. Schmidt é o jejum. “Para garantir que o exame seja realizado de forma adequada, o paciente deve ficar em jejum por pelo menos oito horas antes do procedimento, consumindo uma refeição leve na última refeição anterior ao exame.”


HISTÓRICO MÉDICO
O Dr. Schmidt também enfatiza a relevância de exames anteriores. “Biópsias feitas em procedimentos anteriores e exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia computadorizada, também são úteis. Esses documentos ajudam o médico endoscopista a formular um diagnóstico mais preciso”, acrescenta.
O endoscopista alerta que seguir essas orientações é essencial para permitir que a equipe da Clínica realize o exame com a máxima eficácia e segurança. A preparação adequada contribui para um diagnóstico preciso e para o bem-estar do paciente durante todo o processo.
Bruno Mariano Schmidt
Cirurgião do Aparelho Digestivo RQE 14529
Endoscopista RQE 15772


A colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPRE) é um procedimento médico usado para diagnosticar e tratar problemas nos ductos biliares e pancreáticos, canais que transportam bile e enzimas digestivas. A bile é produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar antes de ser liberada no intestino delgado para ajudar na digestão de gorduras. Já as enzimas pancreáticas são essenciais para a digestão de proteínas e carboidratos.
A CPRE combina técnicas de endoscopia e radiografia. Durante o procedimento, o médico usa um endoscópio, que é um tubo flexível com uma câmera na ponta, inserido pela boca do paciente até o intestino delgado. Quando o endoscópio alcança a área onde os ductos biliares e pancreáticos desembocam no intestino, o médico injeta contraste (um tipo de corante visível aos raios X) para obter imagens detalhadas dessas estruturas.
As imagens radiográficas ajudam o médico a visualizar possíveis obstruções, como cálculos biliares, estreitamentos (estenoses), tumores ou inflamações. Além de diagnosticar problemas, a CPRE pode ser usada para tratar algumas condições, como remover pedras dos ductos ou colocar stents (tubos) para desobstruir a passagem da bile ou das enzimas pancreáticas.
A CPRE é indicada quando há suspeita de bloqueios ou doenças nos ductos biliares ou pancreáticos. Alguns dos sintomas que podem levar à necessidade desse procedimento incluem dor abdominal intensa, icterícia (amarelamento da pele e olhos), inflamação no pâncreas (pancreatite) ou resultados anormais em exames de sangue que indicam problemas hepáticos ou pancreáticos. A CPRE também pode ser usada para investigar e tratar complicações após cirurgias da vesícula biliar, como estreitamento dos ductos e vazamentos de bile.
As CPREs são realizadas pelo Dr. Bruno Schmidt e Dr. Marcos Pelegrini no Hospital Casa Vitta Santé e hoje é um dos poucos centros de referência CPRE pelo SUS no estado de Santa Catarina.
Conheça mais sobre a colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPRE)
A CPRE, por se tratar de um dos métodos endoscópicos de maior complexidade, não é isenta de riscos. Além do preparo, treinamento e habilidade na realização dos procedimentos endoscópicos, é necessário um amplo conhecimento da patologia biliopancreática, tanto endoscópico como radiológico, pois o diagnóstico ocorre junto com a terapêutica. Uma equipe especialmente treinada de endoscopistas, radiologistas e enfermeiros, é determinante da qualidade do procedimento. Algumas das complicações são relativamente infrequentes, mas potencialmente graves. Por isso, a CPRE diagnóstica foi substituída pela colangiografia por ressonância magnética, que fornece imagens equivalentes à CPRE, reservando-se esta a procedimentos terapêuticos, como a remoção de cálculos e alívio outras de obstruções bilopancreáticas que, de outra forma, demandariam cirurgias invasivas e complexas associadas a maiores riscos e demora para recuperação. Após a CPRE, o paciente é monitorado até que os efeitos da sedação desapareçam. A maioria dos pacientes pode voltar para casa no mesmo dia, mas em alguns casos pode ser necessário ficar em observação no hospital por mais tempo.
Em resumo, a CPRE é uma ferramenta poderosa tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento de doenças nos ductos biliares e pancreáticos, sendo um procedimento seguro e minimamente invasivo quando realizado por profissionais experientes.


