Ureterolitotripsia com laser

De acordo com o Dr. Nabil Mousa Yasin, urologista e cirurgião geral no Centro Clínico CasaVitta, em São Miguel do Oeste, o método consiste em introduzir um ureteroscópio flexível através da uretra, passando pela bexiga até alcançar o local exato onde os cálculos estão alojados. "Utilizamos uma fibra de laser que fragmenta as pedras, permitindo que os pequenos fragmentos sejam eliminados pela urina ou removidos com o auxílio de pinças", explica o especialista. Ele destaca que, por ser um procedimento endoscópico, não há necessidade de cortes, o que reduz o tempo de recuperação do paciente.

A ureterolitotripsia a laser é indicada principalmente em casos onde os cálculos são muito grandes para serem expelidos naturalmente ou causam obstrução, infecção e dor intensa. "pacientes que sofrem de crises frequentes são candidatos ao procedimento, pois a técnica elimina as pedras de forma rápida e eficiente", ressalta Dr. Nabil.

Além disso, Yasin destaca que uma das principais vantagens do uso do laser é a precisão. "O laser permite fragmentar os cálculos com um mínimo de trauma aos tecidos ao redor, o que resulta em menos dor e complicações no pós-operatório", afirma. O uso da tecnologia avançada de laser Holmium, por exemplo, tem se mostrado bastante eficaz nesse tipo de intervenção.

Após o procedimento, é comum a colocação de um cateter duplo J, que auxilia no processo de cicatrização e impede que coágulos ou fragmentos de cálculos obstruam o ureter. "O cateter é retirado alguns dias após a cirurgia, e a recuperação é geralmente rápida. A maioria dos pacientes pode voltar às suas atividades normais dentro de uma semana", acrescenta Dr. Nabil.

No entanto, o especialista também ressalta que, apesar de ser um procedimento relativamente simples, alguns cuidados devem ser tomados no pós-operatório. "É normal que o paciente sinta uma leve dor ao urinar e perceba a presença de sangue na urina nos primeiros dias. Esses sintomas desaparecem gradualmente", explica. Repouso adequado e hidratação são essenciais para uma boa recuperação, segundo ele.

Outro ponto importante é que a ureterolitotripsia flexível pode ser realizada em pacientes de diferentes idades, desde que apresentem boas condições clínicas. "Por ser uma técnica menos invasiva, ela pode ser indicada tanto para pacientes mais jovens quanto para os mais idosos", esclarece Yasin. Ele também reforça que o acompanhamento médico é fundamental para monitorar a eliminação dos fragmentos e garantir que não haja complicações futuras.

A ureterolitotripsia com laser se consolidou como um dos tratamentos mais modernos e eficazes na área da urologia, especialmente para aqueles que sofrem com cálculos renais. O procedimento tem se mostrado uma opção segura, com baixos índices de complicações e uma recuperação rápida, permitindo que os pacientes retomem suas rotinas rapidamente, finaliza o especialista.